A noite de terça-feira, 18 de junho, foi marcada pelo encerramento do curso livre “Bases para trabalho com o aluno com deficiência”, promovido pela a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque.
O curso faz parte do projeto “Apae Fora dos Muros” e tem como objetivo estender conhecimentos e vivências em Educação Especial para professores da rede regular de ensino de Brusque, que atendem alunos com deficiência. A formação teve início em março, com aulas às terças-feiras. Participaram da turma cerca de 20 profissionais da rede pública municipal e estadual de ensino.
O encerramento foi realizado na sede da entidade e contou com a apresentação dos resultados da aplicação prática dos conteúdos estudados ao longo dos últimos meses.
“Concluímos hoje esta capacitação para professores da rede pública, interessados em obter mais conhecimento sobre a Educação Especial. Com a apresentação dos trabalhos é notório a importância de capacitar esses profissionais e como o conteúdo aprendido aqui é multiplicado, através deles, para os demais colaboradores das escolas. Assim, geramos mais confiança no trabalho com as pessoas com deficiência e realizamos a sua inclusão de forma plena”, afirmou o presidente da Apae de Brusque, Renato Roda.
Olhar humanizado
Da mesma forma destaca Anelyn Pinheiro, articuladora em Educação Especial da Apae de Brusque e responsável pelo curso. Ela frisa que o conteúdo proporciona aos profissionais um olhar mais humanizado e individualizado, se atentando a quais auxílios o aluno necessita.
“Acredito que a importância é justamente ter um olhar diferenciado para a pessoa com deficiência, saber o que ela necessita e aplicar algo que seja funcional e realmente vá auxiliar. Então, a formação traz para esses profissionais ferramentas e conhecimento para definir a melhor forma de atender e incluir o estudante na rotina escolar”, pontuou.
Ela ainda completa que esse conhecimento adquirido durante o curso reflete não só no aluno com deficiência, mas em todos que convivem no ambiente escolar, gerando uma série de benefícios.
“Tudo isso impacta no melhor acolhimento da pessoa com deficiência, traz um olhar empático e contribui na queda da evasão escolar, pois faz com que essa criança ou adolescente se sinta confortável naquele ambiente. Além disso, é realizada a inclusão através desse profissional, que acaba se tornando um exemplo para os demais colaboradores e estudantes. Então os benefícios são perceptíveis para todos que frequentam aquele lugar”, ressaltou Anelyn.
Ensinamentos que fazem a diferença
A coordenadora do Centro de Educação Infantil Tia Trude, Emiliana Fachini Hort, foi uma das participantes do curso. Segundo ela, o que a motivou a acompanhar as aulas foi o desejo de ampliar os conhecimentos sobre a temática e ofertar aos alunos um atendimento mais especializado.
“Estamos em quatro profissionais da unidade aqui, eu como coordenadora, a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e mais duas monitoras. Nosso objetivo é expandir nosso olhar para a Educação Especial, a fim de dar um retorno e auxiliar nossos colaboradores para atuarem da melhor forma”, explicou.
Ela ressalta que as aulas trouxeram um direcionamento importante para o trabalho dos profissionais responsáveis pelos alunos com deficiências. “Foi muito esclarecedor, foram abordados conteúdos que impactam diretamente na prática. Nos ensinaram sobre a construção de instrumentos avaliativos de cada caso, metas para serem elencadas, objetivos que queremos alcançar, questões curriculares. Enfim, uma série de aprendizagens que já estão refletindo no nosso dia-a-dia com as crianças”, afirmou Emiliana.
Por fim, a coordenadora conta que a participação no curso foi positiva e contribuiu para a rotina escolar. “Hoje atuamos com mais segurança com os alunos, entendemos uma série de protocolos, adquirimos um conhecimento muito importante que ampliou nossa visão, de modo que refletem positivamente na nossa prática. Com certeza, as crianças e profissionais só tendem a se beneficiar com os aprendizados”, finalizou.
Saiba Mais
Fundada em 14 de setembro de 1955, a Apae de Brusque é a primeira Apae formada em Santa Catarina e a segunda constituída no Brasil. Seu início foi marcado após o nascimento de Pierre Moritz, filho dos saudosos Ruth e Carlos Moritz, que frequentou a entidade até 2022. Atualmente, 280 alunos recebem atendimento.
Ao longo da trajetória da Apae, pais e amigos se juntaram à caminhada e contribuem de forma permanente, visando o fortalecimento da instituição e a qualidade dos serviços prestados. A Apae Brusque oferece atendimento gratuito em todas as suas frentes de atuação: Clínica Uni Duni Tê, Instituto Santa Inês e Centro de Convivência Ruth de Sá.